Quando ser má te torna muito boa. Quando ser mais carrega menos caos. Quando confundir seduz. Quando seduzir confunde. Quando ser boa te torna a única. Quando ser a única revela segredos. Ser má te inocenta.
Eu espero que sim porque o não já vem pronto. Entre os dois, um talvez. O sorriso enigmático de uma Monalisa despida. Por isso, eu fiz isso antes mesmo de dizer o que sinto.
Caía na rima novamente. Tão fácil combinar os sons que lhe vinham de graça. Complicado era conciliar o sono das palavras com sua vontade real. O espaço entre cada letra e sentido preenchido com pressa. Para não esquecer, ela encolheu sonho. Falaria disso mais tarde, quando o acaso fosse maior do que o prazo.
Olham para ela com certa estranheza. Talvez até desconfiança. Como pode assim descascar sentimentos? De onde virá força e firmamento? Dizem que ela tudo amontoa no fim de um pensamento. Quer a felicidade nem que seja por um momento. Por isso, eles quase a condenam ao esquecimento. Para que essa sede de sonho quando se espera despertar? Se fez juramento, abre a porta e ultrapassa o julgamento.
Olhei de novo, revirei, sacudi pra ver se caíam estrelas, mas só restava poeira. Distanciei o olhar, pisquei, pus óculos escuros, tirei. Foi tudo ficando embaçado. Babaca, pensei. Quando abri os olhos de novo, não estava mais ali. Simplesmente, nunca existiu.